As definições de sistema elétrico industrial foram atualizadas. É isso mesmo. De fato, a modernização e os recursos tecnológicos inteligentes passam também pelos componentes e equipamentos que compõem uma instalação elétrica. Atualmente no mercado, entre as tecnologias disponíveis para levar mais segurança e eficiência energética à indústria brasileira está o Dispositivo Residual (DR).

Assim, mesmo em projetos elétricos já instalados, é fundamental que a instalação adote mecanismos modernos para melhorar a segurança dos operadores e operadoras. Neste sentido, temos o DR, item que, instalado junto às tomadas industriais, é capaz de não somentte evitar acidentes – como choques elétricos – mas também mitigar prejuízos causados por fuga de energia elétrica.  

Então, para realizar a atualização do sistema elétrico industrial e detectar falhas no caminho da eletricidade, acompanhe a leitura deste artigo! 

O que é Dispositivo Residual e como o DR funciona? 

Antes de tudo, vamos entender melhor o que é um DR. Bem, trata-se de um componente de proteção elétrica que pode ser integrado às tomadas, interruptores e quadros elétricos industriais para a interrupção do circuito elétrico no instante em que ele próprio detecta pequenas fugas de corrente.

Os dispositivos residuais são de uso obrigatório desde 2004 em determinadas instalações, de acordo com as exigências previstas na NBR-5410. Ou seja, como item de fundamental importância para garantir a segurança das pessoas e bens materiais, o DR funciona como um sensor que mede as correntes que entram e saem no circuito. Ao sinal de qualquer desvio, cessa o circuito, impedindo possíveis danos causados por choques elétricos. 

Então, em suma, o Dispositivo Residual, por meio da tecnologia que possui, é capaz de detectar uma fuga de corrente e levar ao desligamento imediato do respectivo circuito

Atualização das instalações elétricas na indústria

Segundo a NBR 5410, “a utilização de interruptores de corrente de fuga protege os usuários contra choques elétricos, direto ou indiretamente e também contra incêndios provocados por falhas de isolamento dos condutores e equipamentos” (ABNT, 2004). No entanto, mesmo diante da obrigatoriedade e da importância nítida do DR, muitas empresas ainda não aderiram totalmente ao recurso da tomada com o dispositivo. 

Nesse ínterim, a atualização dos sistemas elétricos industriais é urgente, pois os acidentes e mortes de origem elétrica ainda são altos no Brasil. Segundo a Abracopel, em seu Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica, os dados de 2021 revelam uma tendência de aumento comparado com 2020. 

Veja só: 

Gráfico da Abracopel sobre acidentes de origem elétrica | Amperi

Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica Abracopel – os números são referentes à soma dos acidentes de origem elétrica, que incluem, choques elétricos, incêndios por sobrecarga de energia e descargas atmosféricas – raios. Na coluna em azul, estão os números totais, e na coluna cinza, as mortes causadas por esses acidentes.

Acidentes com eletricidade e correntes em fuga

Diante do elevado número de acidentes causados por contatos diretos e contatos indiretos no sistema elétrico, é fundamental que sejam encontrados e desenvolvidos novos métodos e dispositivos capazes de elevar a segurança em trabalhos com eletricidade. Dessa forma, é possível reduzir o perigo às pessoas envolvidas, além de perdas de energia e danos às instalações.

Aliás, quando se trata de danos materiais, a destruição de equipamentos e incêndios é, muitas vezes, causada, justamente, por correntes de fuga, aquelas identificadas pelos dispositivos residuais. 

Analogamente, as correntes de fuga provocam também riscos às pessoas, aumento de consumo de energia, aquecimento indevido, destruição da isolação, podendo até levar a incêndios. O Dispositivo Residual tem a função, então, de monitorar e interromper essa fuga de corrente. Por isso, ao substituir as tomadas convencionais por tomadas com o DR, as indústrias conseguem garantir maior proteção contra os efeitos nocivos das correntes de fuga à terra.

Então, quais os benefícios do dispositivo residual em tomadas e instalações industriais?

  • Evitar choques 
  • Evitar incêndios  
  • Identificar a qualidade da instalação
  • Identificar possíveis defeitos nas instalações

Para adequação de um projeto elétrico instalado, a Amperi atua na substituição gradativa de tomadas industriais, que são customizadas de acordo com a demanda do segmento comercial e suas atividades.

Atualize sua instalação elétrica com DR

Decerto, no processo de atualização das instalações elétricas industriais, duas ações são necessárias. São elas, a substituição de tomadas convencionais por tomadas com dispositivo residual e a realização de testes para verificação das condições das correntes elétricas. Para essas duas iniciativas, a Amperi oferece soluções desenvolvidas com expertise e dentro das normas exigidas. Acompanhe: 

  • Tomadas com DR 

A Amperi tem em seu portfólio mecanismos capazes de garantir o desempenho das instalações elétricas alinhado à proteção dos operadores e das demais pessoas envolvidas. 

Assim, como solução em Diferencial Residual, a Amperi trabalha com a Linha de Tomadas Industriais, da fabricante italiana Palazzoli, que conferem mais eficiência, durabilidade, resistência e o melhor custo-benefício

Entre elas, estão a Tomada IP67, com interruptor de bloqueio mecânico, para baixa tensão, da série TAIS, e a Tomada Industrial 63A, produzida em termoendurecido de alto desempenho, com bloqueio mecânico, capaz de oferecer a máxima segurança para instalações de baixa tensão.

  • Instrumento para testes

Já para a verificação da segurança elétrica nas instalações industriais, a Amperi oferece um instrumento de precisão robusto, o Multitester Digital, Jupiter. Em um único equipamento, é possível verificar se a instalação está dentro das condições exigidas pela NBR 5410:

  • Teste de DR e correntes

O instrumento pode avaliar o tempo e a corrente de disparo ou atuação do DR. 

  • Harmônicas, TDH% e função H20

Harmônicas de tensão e corrente até a 25ª ordem. A Função H20 exibe as harmônicas de maior valor primeiro.

  • Verificação

Verificação da tensão de contato e da corrente de curto circuito presumida.

  • Teste de resistividade 

Teste de resistividade do solo sem trip (disparo) em sistemas TT.

  • Sequenciamento com uma ponta de prova

Sequência de fase detectada com apenas uma ponta de prova e impedância fase – fase, fase – neutro e fase – terra.

  • Detecção de proteção

Detecção de conexões incorretas nos condutores de proteção.

Quer ver o Multiteste Júpiter em ação? Acesse aqui o vídeo que preparamos e confira como o instrumento realiza o teste de DR

Por fim, vale destacar aqui uma dúvida que pode pairar no ar: disjuntor e DR são proteções distintas? Por que ambas são necessárias?

Bem, os disjuntores são peças essenciais para qualquer instalação elétrica e estão presentes em circuitos residenciais, comerciais e industriais. Por isso, na maior parte das vezes, é o primeiro item a ser utilizado na instalação e serve para fazer a proteção geral ou específica de algum circuito.

Por sua vez, o DR é um outro mecanismo de segurança, diferente do disjuntor, e serve, como dissemos ao longo deste artigo, de identificar fugas de corrente. O dispositivo residual pode ser acoplado às tomadas e sua atuação permite o desligamento automático em casos de contato direto ou indireto. 

Dessa maneira, os dois recursos têm funções diferentes na garantia de segurança e são fundamentais para preservação da vida e das operações em instalações elétricas industriais. 

Agora que você sabe da importância de atualizar o sistema elétrico industrial, entre em contato com nosso time de especialistas! 

Até o próximo ;)

Fontes: Abcobre, Abracopel