Levar à terra e dissipar uma descarga elétrica. Dissolver e permitir circular uma corrente elétrica de fuga para evitar danos aos equipamentos. Estas são as funções do aterramento elétrico. Com a finalidade de proteger, este procedimento de segurança é de fundamental importância tanto na indústria quanto nos sistemas de distribuição de energia elétrica, como as concessionárias. Então, através de um medidor de aterramento, o aparelho conecta-se à terra e direciona a corrente de fuga ao solo ao invés de retê-la na superfície dos equipamentos, causando prejuízos.  

Nesse sentido, para garantir que o aterramento seja bem feito, existem ferramentas adequadas para essa finalidade. Um deles é justamente o medidor de aterramento. Este aparelho realiza testes para certificação do adequado funcionamento das instalações elétricas. Desse modo, preparamos este artigo para falar sobre esses instrumentos, as aplicações e funções, além de destacar as vantagens do uso na indústria. Acompanhe a leitura! 

O que é aterramento elétrico?

Primeiramente, vamos partir da definição do que é aterramento elétrico. Bem, a função do aterramento é eliminar fugas de energia, desbalanceando as fases na rede externa (fornecimento) e prevenindo contra choques elétricos através do contato humano com a carcaça (parte metálica) dos equipamentos. 

Trata-se, assim, de uma medida de segurança tanto para as pessoas como para a garantia de preservação dos equipamentos elétricos que, em caso de picos de energia ou sobrecarga, não serão afetados e não irão queimar. Ou seja, o aterramento é um “desvio” da corrente elétrica de fuga, um caminho, para que esta corrente não cause acidentes nem danifique os equipamentos ligados à eletricidade. 

No entanto, muitas vezes, o desconhecimento das técnicas para realizar um aterramento eficiente, gera a queima de equipamentos, ou em casos piores, o choque elétrico nos operadores. 

Então, para que um sistema de energia elétrica possa operar corretamente, com uma continuidade de serviço adequada, com um desempenho seguro do sistema de proteção e, além disso, para garantir os limites de segurança pessoal, é fundamental que o quesito aterramento receba um cuidado especial. Por isso, é essencial escolher um medidor de aterramento de qualidade. 

Quais os principais objetivos do aterramento?

  • Obter uma resistência de aterramento a mais baixa possível, para correntes de falta a terra;
  • Manter os potenciais produzidos pelas correntes da falta dentro de limites de segurança de modo a não causar fibrilação; 
  • Fazer que equipamentos de proteção sejam mais sensibilizados e isolem rapidamente as falhas à terra; 
  • Proporcionar um caminho de escoamento para terra de descargas atmosféricas; 
  • Usar a terra como retorno de corrente no sistema MRT;
  • Escoar as cargas estáticas geradas nas carcaças dos equipamentos;
  • Proteger o usuário do equipamento das descargas atmosféricas, através da viabilização de um caminho alternativo para a terra, de descargas atmosféricas;
  • “Descarregar” cargas estáticas acumuladas nas carcaças das máquinas ou equipamentos para a terra;
  • Facilitar o funcionamento dos dispositivos de proteção (fusíveis, disjuntores, etc.), através da corrente desviada para a terra. 

Aterramento e resistência do solo 

Desde já, é importante destacar que a eficiência do aterramento está relacionada à qualidade do solo, uma vez que, quanto menor a resistência da terra, maior será a capacidade de dissipação da descarga atmosférica no solo e maior a eficiência do aterramento. 

Em 2015, o  Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA), dirigido pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT NBR) 5419/2005, recomendava que a resistência de aterramento deveria ser menor que 10 Ohms. No entanto, desde então, a NBR 5419, norma que fala sobre Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas, não faz referência a valor algum.

Por outro lado, a NBR 5410/2004 diz que a resistência de aterramento deve “ser a menor possível”, já que, como falamos acima, quanto menor a resistência da terra, maior a dissipação da descarga elétrica no solo. 

Outras referências que tratam da resistência do solo são o National Fire Protection Association (NFPA) e o Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) que recomendam que o mínimo deve ser 5 Ohms.

Por isso, é importante ter o conhecimento à respeito da resistência e das condições do solo. Ademais, lembrar-se de de utilizar, com frequência, o medidor de aterramento para garantia de um funcionamento adequado e de mais segurança para instalações e operadores. 

Medidor de aterramento e as soluções Amperi 

Sobretudo atenta às necessidades da indústria no que diz respeito à segurança das instalações elétricas e dos operadores, a Amperi oferece o multiverificador de instalações elétricas prediais, Macrotest G3, o qual também funciona como um medidor de aterramento. Vamos apresentar mais informações sobre o equipamento a seguir. Veja só:

Trata-se de um instrumento multifunção avançado para a verificação da segurança elétrica e certificação de instalações elétricas, civis e industriais, adequado à norma NBR 5410. De fácil operação, o Macrotest G3 realiza medição de aterramento, executando testes listados na 5410:

  • Verificação das proteções termomagnéticas, dos fusíveis e do dimensionamento dos cabos e da corrente de curto circuito presumida.
  • Resistência de Terra com método voltamperimétrico com 2 ou 3 pontos, medição de resistência global de terra e com alicate amperímetro T2100 (opcional).
  • Resistividade do terreno.
  • Medição dos parâmetros elétricos em instalações monofásicas ou trifásicas equilibradas (V,A, W, VAR, VA, PF).
  • Teste Diferenciais tipo A, AC, B e com toróide separado com corrente de teste até 10A* com acessório opcional RCDX10.
  • Medição da resistência de isolamento.
  • Medição de continuidade dos condutores de proteção.
  • Verificação sentido cíclico das fases (SEQ) e correntes dispersas.
  • Medição de parâmetros ambientais por meio de sondas externas (que são acessórios do equipamento).

Macrotest G3 possui tela a cores e tecnologia touch screen que proporciona uma utilização do aparelho totalmente nova. Além disso, na tela, é possível visualizar todas as variáveis para a realização de uma perfeita medição. Assim, a tarefa do operador será “tocar” o que deseja realmente medir e todo o restante será feito pelo microprocessador da ferramenta. 

A solução da Amperi atende a todas as necessidades normativas em termos de segurança das instalações elétricas, como teste de diferenciais tipo A, de tipo AC também até 1000 mA e de tipo B; testes de isolamento, continuidade, resistência de terra (esta também com o auxílio de alicate opcional T2100).

Principais funções do Macrotest G3 da Amperi

Em suma, o Macrotest G3 é um multiverificador de instalações elétricas que realiza testes como:

  • Isolamento
  • Continuidade
  • Teste de DR´s
  • Teste de disjuntores
  • Resistividade de terra
  • Sequência de fases
  • Queda de tensão
  • Qualidade de energia 

Ao mesmo tempo, o equipamento possui ainda um ano de garantia e software para análise dos dados e emissão de relatórios. Para saber como o Macrotest G3 funciona na prática, acessar nosso canal no YouTube

Por fim, saiba que a solução da Amperi para medição de aterramento é indicada e de importante aplicação nas concessionárias de energia e na elétrica industrial, pois trata-se de um equipamento robusto e resistente, pronto para enfrentar os desafios de espaços críticos e as altas tensões.

Então, entre em contato com nosso time de especialistas e peça uma demonstração técnica para uma instalação elétrica segura, confiável e potente. 

Fontes: O Setor Elétrico, UNESP, ABNT